quinta-feira, 11 de julho de 2013

Os benefícios do exercício na manutenção das capacidades cognitivas dos idosos.

A Visual Health Information publicou um novo artigo. Neste respondem à seguinte questão:

A atividade física pode ajudar a reduzir o declínio cognitivo em adultos mais velhos em situação de risco de desenvolver demência?

Para responder a esta questão, foi realizada uma pesquisa abrangente no banco de dados PubMed (durante Janeiro de 2013) por trabalhos que abordaram esta questão específica.


Esta pesquisa resultou na análise de um estudo randomizado, três estudos de coorte prospectivos e uma revisão de vários estudos sobre este tema. 
No estudo randomizado, foi utilizado um protocolo de exercício aeróbio 3 dias/semana, 50 min/sessão, que demonstrou haverem diferenças significativas a favor do grupo de exercício comparativamente ao grupo de  controlo. 

Dos estudos de coorte prospectivos, as medidas de função cognitiva e quantidade de atividade física variaram entre os três estudos, mas todos concluíram que parece haver relação significativa entre o aumento dos níveis de atividade física e níveis mais baixos de declínio cognitivo e atraso no início da demência com o envelhecimento. 

Todos os autores afirmaram que mais trabalho precisa ser feito na identificação de intensidade ideal, frequência e duração do exercício/atividade física necessária para manter a função cognitiva e reduzir o risco de demência, bem como confirmar os mecanismos fisiológicos através dos quais ocorrem essas mudanças. 

O pensamento atual sugere que a atividade/exercício físico não só melhora o funcionamento físico, mas também pode desempenhar um papel na prevenção do declínio cognitivo e retardar o início da demência, melhorando assim a qualidade de vida de adultos mais velhos, e possivelmente reduzindo o impacto social de doenças como a doença de Alzheimer.

Com base nas recomendações dos artigos revistos, a VHI selecionou os seguintes exercícios:

Subir e descer um degrau, ou o primeiro degrau das suas escadas com ambos os pés, alternadamente. Repetir várias vezes ao longo do dia, desde que não provoque dor.

Inclinar à frente e levantar ligeiramente da cadeira, para voltar a sentar. Repetir várias vezes ao longo do dia, desde que não provoque dor.




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Veja este e outros sites de prescrição de exercícios terapêuticos Aqui!


Lautenschlager NT, Cox KL, Flicker L, et al. Effect of physical activity on cognitive function in older adults at risk for Alzheimer disease: a randomized trial. JAMA. Sep 3 2008;300(9):1027-1037.

Yaffe K, Barnes D, Nevitt M, Lui LY, Covinsky K. A prospective study of physical activity and cognitive decline in elderly women: women who walk. Arch Intern Med. Jul 23 2001;161(14):1703-1708.

Middleton LE, Mitnitski A, Fallah N, Kirkland SA, Rockwood K. Changes in cognition and mortality in relation to exercise in late life: a population based study. PLoS One. 2008;3(9):e3124.

Brown BM, Peiffer JJ, Martins RN. Multiple effects of physical activity on molecular and cognitive signs of brain aging: can exercise slow neurodegeneration and delay Alzheimer's disease? Mol Psychiatry. Nov 20 2012.

Larson EB, Wang L, Bowen JD, et al. Exercise is associated with reduced risk for incident dementia among persons 65 years of age and older. Ann Intern Med. Jan 17 2006;144(2):73-81.

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